tô mudando de ares....
não muito é verdade....
deixando tudo menos pessoal... e por isso mesmo com grandes possibilidades e ousadia...
http://invasaopermitida.blogspot.com/
sábado, 2 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
ATENÇÃO COMENTÁRIOS
Ai meu povo, tem gente inconveniente neste mundo, não?
Tive de ativar a moderação dos comentários, infelizmente.
Estou certa de que os blogueiros mais íntimos desta "atividade" já o fizeram.
Se cuidem. Bjos. Até proxima postagem.
Tive de ativar a moderação dos comentários, infelizmente.
Estou certa de que os blogueiros mais íntimos desta "atividade" já o fizeram.
Se cuidem. Bjos. Até proxima postagem.
BLUE SKY ENTRE OS SEIOS
Ao entrar no bar odor de cigarro e bebida barata invadiram meu olfato. Olhar naquela meia luz e conseguir enxergar algo a mais que nuances de rostos cansados e tristes era perca de tempo e de propósito. Todos pareciam dormentes. Existe correlação entre mulheres e prozac; homens e cerveja? Pior seria não admitir o escapismo.
O balcão do boteco dava a impressão de que se meus cotovelos ficassem sobre ele, sairiam imundos. O móvel vermelho parecia grudento tamanha a quantidade de restos de wiski vagabundo, suor e depressão.
Os quatro homens que jogavam na única mesa de sinuca ocupada, logo a esquerda da entrada, por um momento, pararam. Seus olhares mediram o nosso grupo da cabeça aos pés. Morgana, já mais morta que viva, levada pelos ombros pelas amigas foi posta sobre a primeira cadeira vaga. Com essa distração creio que eles nem notaram minha fuga em direção ao banheiro. Só uma piscadela para as meninas e corri para lá. Tinha que ser rápida, precisa, certeira na dose e no tempo.
Atrás da porta do toillet a imagem foi ainda pior, o cheiro de vômito denunciava que alguém por ali esteve havia pouco tempo. Certifiquei-me que estava só naquele banheiro nojento. Entrei na última das cinco cabines, fechei a portinhola e sentada sobre o vaso abri a necessarie, retirei a agulha e introduzi o antídoto. Escondi de novo o blue sky entre meus seios no sutiã e corri para aplicar a injeção em Morgana.
O sangue escorria do ferimento no braço. O lenço colocado cuidadosamente não estancara o líquido viscoso. Ela cada vez mais branca mostrava sinais de desmaio. Ali, postada na cadeira tão indefesa e dependente dos outros e de mim era imagem que jamais imaginava como possível. Logo ela? Sempre tão altiva...
Apliquei. Agora só nos restava esperar. Só nos restava acreditar que daria certo.
O balcão do boteco dava a impressão de que se meus cotovelos ficassem sobre ele, sairiam imundos. O móvel vermelho parecia grudento tamanha a quantidade de restos de wiski vagabundo, suor e depressão.
Os quatro homens que jogavam na única mesa de sinuca ocupada, logo a esquerda da entrada, por um momento, pararam. Seus olhares mediram o nosso grupo da cabeça aos pés. Morgana, já mais morta que viva, levada pelos ombros pelas amigas foi posta sobre a primeira cadeira vaga. Com essa distração creio que eles nem notaram minha fuga em direção ao banheiro. Só uma piscadela para as meninas e corri para lá. Tinha que ser rápida, precisa, certeira na dose e no tempo.
Atrás da porta do toillet a imagem foi ainda pior, o cheiro de vômito denunciava que alguém por ali esteve havia pouco tempo. Certifiquei-me que estava só naquele banheiro nojento. Entrei na última das cinco cabines, fechei a portinhola e sentada sobre o vaso abri a necessarie, retirei a agulha e introduzi o antídoto. Escondi de novo o blue sky entre meus seios no sutiã e corri para aplicar a injeção em Morgana.
O sangue escorria do ferimento no braço. O lenço colocado cuidadosamente não estancara o líquido viscoso. Ela cada vez mais branca mostrava sinais de desmaio. Ali, postada na cadeira tão indefesa e dependente dos outros e de mim era imagem que jamais imaginava como possível. Logo ela? Sempre tão altiva...
Apliquei. Agora só nos restava esperar. Só nos restava acreditar que daria certo.
O BÚFALO DA NOITE
Até então achava todo e qualquer cineasta (ah! esse tipo de gente de cinema, todos eles.. roteiristas, diretores, atores e por aí vai) meio "fora da casinha", se é que você me entende...
Depois de uns dias navegando na web acabei, seja por curiosidade, seja por displicência, encontrando um ser humano que, mesmo mergulhado neste "tipo"de universo , demonstra vontade de construir e não tão somente trazer a anarquia e ruptura total.
Na segunda passada, ainda curiosa por novo mundo que se descortina, vi a re-apresentação de uma entrevista² do roterista Guillermo Arriaga e pude conprovar que há mais entre o céu e a terra que simples rótulo de cargos, funções, pessoas, impressões a primeira vista, cineasta, etc...
Subscrevo passagens da entrevista (mesmo com a consciência pesada de aqui não conseguir transcrever todo o contexto de cada bela frase):
A estética descende da ética. Convergem para a mesma essência...
Quanto mais velho fico, mais percebo o quanto proximos estamos do mundo animal e distantes do que é civilizado. Veja os políticos!
O deserto é cruel. Tenho um laço profundo e pessoal com o deserto. Ele é parodoxo. Se você se perder, em 6 horas ele te mata. Tem as mais belas paisagens do mundo, tudo tão aberto, tão espaçoso, aquela luz. Não tem mosquitos te pertubando como numa floresta.
Todo encontro casual é marcado (e mencionou o autor do qual não me lembro).Eu sou eu e a circustância (e mencionou o autor do qual não me lembro).Foi aí, exatamente neste momento em que de novo a palavra rótulo invadiu minha mente e pude perceber o quanto ela é responsável pela sociedade atual... Sabe ao que me refiro? Rótulo.² Programa roda viva da TVCultura quando da Feira Internacional de Parati em julho de 2007) . Guillermo Arriaga Nascido na Cidade do México em 1958, Guillermo Arriaga licenciou-se em Ciências da Comunicação e em História. É romancista, é também produtor, diretor e roteirista de cinema. Além de Um doce aroma de morte Guillermo Arriaga escreveu outros dois romances: O búfalo da noite (lançado no Brasil pela Gryphus Editora em 2002) e Esquadrão Guilhotina (inédito no Brasil) e assim como o livro de contos Retorno 201. Guillermo é também premiado roteirista dos filmes Amores Brutos, 21 Gramas e Babel, pelo qual concorreu ao Oscar de melhor roteiro original em 2007. Fonte de informações sobre o entrevistado: http://www.gryphus.com.br/autor_arriaga.html
Depois de uns dias navegando na web acabei, seja por curiosidade, seja por displicência, encontrando um ser humano que, mesmo mergulhado neste "tipo"de universo , demonstra vontade de construir e não tão somente trazer a anarquia e ruptura total.
Na segunda passada, ainda curiosa por novo mundo que se descortina, vi a re-apresentação de uma entrevista² do roterista Guillermo Arriaga e pude conprovar que há mais entre o céu e a terra que simples rótulo de cargos, funções, pessoas, impressões a primeira vista, cineasta, etc...
Subscrevo passagens da entrevista (mesmo com a consciência pesada de aqui não conseguir transcrever todo o contexto de cada bela frase):
A estética descende da ética. Convergem para a mesma essência...
Quanto mais velho fico, mais percebo o quanto proximos estamos do mundo animal e distantes do que é civilizado. Veja os políticos!
O deserto é cruel. Tenho um laço profundo e pessoal com o deserto. Ele é parodoxo. Se você se perder, em 6 horas ele te mata. Tem as mais belas paisagens do mundo, tudo tão aberto, tão espaçoso, aquela luz. Não tem mosquitos te pertubando como numa floresta.
Todo encontro casual é marcado (e mencionou o autor do qual não me lembro).Eu sou eu e a circustância (e mencionou o autor do qual não me lembro).Foi aí, exatamente neste momento em que de novo a palavra rótulo invadiu minha mente e pude perceber o quanto ela é responsável pela sociedade atual... Sabe ao que me refiro? Rótulo.² Programa roda viva da TVCultura quando da Feira Internacional de Parati em julho de 2007) . Guillermo Arriaga Nascido na Cidade do México em 1958, Guillermo Arriaga licenciou-se em Ciências da Comunicação e em História. É romancista, é também produtor, diretor e roteirista de cinema. Além de Um doce aroma de morte Guillermo Arriaga escreveu outros dois romances: O búfalo da noite (lançado no Brasil pela Gryphus Editora em 2002) e Esquadrão Guilhotina (inédito no Brasil) e assim como o livro de contos Retorno 201. Guillermo é também premiado roteirista dos filmes Amores Brutos, 21 Gramas e Babel, pelo qual concorreu ao Oscar de melhor roteiro original em 2007. Fonte de informações sobre o entrevistado: http://www.gryphus.com.br/autor_arriaga.html
domingo, 6 de janeiro de 2008
Dia de Folga
Receita de Chocolate:
Ingredientes:
Ingredientes:
- Domingo,
- Férias com grana curta (ou seja a única "diversão" possível tem que se dar entre as 4 paredes do meu apê...),
- Chuvinha (nova frente fria no sul do país...para variar...),
- ..." Para gangorra, dois Para beijo da moça, paladar Para dia de folga, namorado"... Marisa Monte tocando no rodolfo,
- Muita solidãoooooooooooooooooooo..... (dê preferência pegue aquela que está há mais tempo presente, tipo uns cinco ou seis... meses... anos...)
Modo de Preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador em potência máxima por uns 30 segundos. Despeje numa tigela e aguarda outros 30 segundos. Pronto: Está uma belíssima caixa de bombons Nestlé inteirinha para você devorar nos outros desesperadores 30 segundos.
Possibilidade de Reações Adversas: pequena, podem ocorrer no máximo lágrimas esporádicas, breves e sem maiores impactos.
ATENÇÃO: é contra-indicado para os obesos e diabéticos.
Antídoto: Academia ao lado do prédio que reabre as atividades na próxima segunda, dia 07/1!
sábado, 5 de janeiro de 2008
Clarice Lispector
"É também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria - e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa"
. Clarice Lispector .
. Clarice Lispector .
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Fim de semana com 18 anos em Curitiba...
Convite para fechar os olhos…
A proposta era fazer disto uma declaração pública de amor. É provável que no fim parecerá mais uma confissão de erros e pedido de perdão que outra coisa. Horrível isso... Como iniciar um texto do qual a motivação seja tão deprimente? Ora, o motivo real de eu me debruçar sobre as palavras é outro: trata-se de reencontro. Portanto, remete a comemoração e alegria, não? Ah, então é isso: trata-se de uma bandeira branca flamejando nas minhas culpadas mãos...
Revidamos qualquer possibilidade de amargura existir e se fazer presente. Revidamos!
PARTE 1 - REENCONTRO CIBERNÉTICO ACONTECEU. CONTINUARÃO ELES A TCL?
Ok. Agora feche os olhos! É uma ordem! Não pense! Só obedeça!
Ok. Agora respire fundo, bem fundo. Deixe o ar entrar pelo nariz e encha seus pulmões. O ar renova a coragem de enfrentar seus medos... E me dá alguns segundos de sua reflexão diante do que estar por vir.
Há coisas e coisas, certo?... Já notou como é difícil falar de assuntos pendentes? Assim terminou meu namoro com Dani, como algo pendente. Sabe? Assim... sem fechar o ciclo.
O contexto Dani é intenso e repleto de tonalidades fortes. Eu morava sozinha pela primeira vez, tinha meus 17-18 anos, foi em idos de 1995. Curitiba foi o palco deste romance. Ora cursinho, ora faculdade que não consegui pagar, trabalhando como recepcionista duma imobiliária ou como aux. adm. de um hospital... Sempre ocupadíssima. Jovem, incrédula de que o futuro pudesse ser previsto e planejado, esbanjava euforia em tudo. Inclusive no namoro. Acreditava piamente que éramos feitos um para o outro.
Mas a juventude sempre quer transgredir... Experimentar o novo e o proibido. Ver se é diferente com outro jeito, noutro olhar, noutra boca. Paguei caro por isso. Perdi muito. Perdi parte de mim, parte dele, parte do que havíamos construído com amor e viagens ao litoral paranaense. (Lembro-me de uma vez que quebramos a cama na praia, tamanho “auê” de nossas noites juntas. Ah, que é que há? Quem nunca quebrou uma cama que atire a primeira pedra! Ahahahahahahahaha).
Hoje reflito que há momentos em que desejamos do fundo do coração termos a oportunidade de, com a maturidade de hoje, poder viver com a intensidade dos tempos de outrora... Se pudéssemos não desistir, mas resistir e insistir...
Haverá próxima vez? Continuarão eles a...? Eis a bandeira branca imponente, no mais alto pedestal, fresca em tão fortes ventos.
A proposta era fazer disto uma declaração pública de amor. É provável que no fim parecerá mais uma confissão de erros e pedido de perdão que outra coisa. Horrível isso... Como iniciar um texto do qual a motivação seja tão deprimente? Ora, o motivo real de eu me debruçar sobre as palavras é outro: trata-se de reencontro. Portanto, remete a comemoração e alegria, não? Ah, então é isso: trata-se de uma bandeira branca flamejando nas minhas culpadas mãos...
Revidamos qualquer possibilidade de amargura existir e se fazer presente. Revidamos!
PARTE 1 - REENCONTRO CIBERNÉTICO ACONTECEU. CONTINUARÃO ELES A TCL?
Ok. Agora feche os olhos! É uma ordem! Não pense! Só obedeça!
Ok. Agora respire fundo, bem fundo. Deixe o ar entrar pelo nariz e encha seus pulmões. O ar renova a coragem de enfrentar seus medos... E me dá alguns segundos de sua reflexão diante do que estar por vir.
Há coisas e coisas, certo?... Já notou como é difícil falar de assuntos pendentes? Assim terminou meu namoro com Dani, como algo pendente. Sabe? Assim... sem fechar o ciclo.
O contexto Dani é intenso e repleto de tonalidades fortes. Eu morava sozinha pela primeira vez, tinha meus 17-18 anos, foi em idos de 1995. Curitiba foi o palco deste romance. Ora cursinho, ora faculdade que não consegui pagar, trabalhando como recepcionista duma imobiliária ou como aux. adm. de um hospital... Sempre ocupadíssima. Jovem, incrédula de que o futuro pudesse ser previsto e planejado, esbanjava euforia em tudo. Inclusive no namoro. Acreditava piamente que éramos feitos um para o outro.
Mas a juventude sempre quer transgredir... Experimentar o novo e o proibido. Ver se é diferente com outro jeito, noutro olhar, noutra boca. Paguei caro por isso. Perdi muito. Perdi parte de mim, parte dele, parte do que havíamos construído com amor e viagens ao litoral paranaense. (Lembro-me de uma vez que quebramos a cama na praia, tamanho “auê” de nossas noites juntas. Ah, que é que há? Quem nunca quebrou uma cama que atire a primeira pedra! Ahahahahahahahaha).
Hoje reflito que há momentos em que desejamos do fundo do coração termos a oportunidade de, com a maturidade de hoje, poder viver com a intensidade dos tempos de outrora... Se pudéssemos não desistir, mas resistir e insistir...
Haverá próxima vez? Continuarão eles a...? Eis a bandeira branca imponente, no mais alto pedestal, fresca em tão fortes ventos.
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