sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Graciliano Ramos

"Comovo-me em excesso, por natureza e por ofício. Acho medonho alguém viver sem paixões"

2 comentários:

bruxildo disse...

A mulher, que se identifica pelas iniciais CLB, esbanja ousadia e alfineta, de forma humorística, todos os tabus e preconceitos da sociedade. Defende a liberdade sexual, o fim da hipocrisia moral e a experiência de exploração do próprio corpo e do corpo alheio. Dessa forma, apaixona-se pelo irmão, transa com o tio e com quem achar que vale a pena. Em uma época conservadora como as décadas de 40 e 50, narra as várias formas de “aproveitar a vida” e manter a virgindade, como por exemplo fazer sexo por via anal em vez do vaginal. Assim como técnicas de controle de ejaculação, formas de convencer um homem a transar com outro, da mesma forma com as mulheres. Define quem se restringe a copular com apenas um sexo (seja o oposto, seja o mesmo) de sexualmente limitado, porque está preso a valores que lhe foram plantados e não está obedecendo sua natureza de experimentação. Defende a preferência sexual, não a exclusividade. Por sua clareza, é um texto que deve chocar muita gente, principalmente nas partes do incesto e nas críticas ferozes a hipocrisia da sociedade.

bruxildo disse...

Traição...


Não consigo deixar de me sentir traido, sei que é um pensamento estranho, mas parece que tudo que eu tinha, tudo que acreditei, me traiu de todas as meneiras que julguei possivel, traido pela vida, pelo mundo, pelas pessoas, pela fé, traido por meus sentimentos... sinto como se não pudesse confiar em ninguém, pior, sinto como se meu maior inimigo fosse eu mesmo, minhas idéias se contradizendo a todo tempo, sinto as palavras, os sentimentos escapando por meus labios, em cada palavra em cada movimento me entregando me despindo, as pessoas reclamam das mascaras, mas só por que não sabem o quão dificil é viver sem elas, sinto-me exposto, nu diante de pessoas que apontam e julgam cada falha cada duvida cada engano cometido cada cicatriz e imperfeição, não sei o que é pior, se é o fato de estar sendo julgado pelos meus pecados ou o de merece-los.

Uma vez disseram que a pior das mentiras é a que você dirige a si mesmo, a traição não fica atrás, acho que eu já esperava que todo o resto fosse me trair, mas não esperava isso de mim, me julgava entendedor dos meus próprios problemas achei que lutariamos juntos até o fim, pensei que eramos inseparaveis, mas hoje começo a me despedir de mim mesmo, hoje mais um pedaço de mim fica pra trás e temo que logo em breve não haja mais pedaços para me desfazer e por fim sobre apenas o resto de alguma coisa que um dia foi eu. sabe, eu não tinha notado como venho me perdendo pelo caminho, como perdi tanto de mim em tão pouco tempo, pelo menos até hoje, não que fossa fazer alguma diferença se tivesse descoberto tempos atrás, não como se fosse capaz de evitar quaquer coisa, no momento a ultima coisa que me sinto é capaz de fazer algo... Se o tempo cura todas as feridas, por que me sinto mais doente e ferido a cada segundo.

Queria poder olhar o mundo com a mesma beleza que via anos atrás queria ainda enchergar jiboias abertas e fechadas em pedaços de papel desenhadas por dedinhos gordos e miudos, queria não ser assim tão sério o tempo todo, e não parecer desesperado quando sorrindo, queria poder ter a certeza de que um amanhã virá e com ele uma nova esperança, mas acontece que o maximo que consigo são dias um pouco melhores com alguns sorrisos e alguma distração. as vezes, em dias assim, lembro de coisas que não tenho certeza se um dia existiram, mas que as vezes parecem tão reais, pessoas reunidas como naqueles filmes com familias enormes sempre rindo e fazendo besteiras, partidas de futebol em campos de areia improvizados na beira da praia, todos como pinturas borradas e envelhecidas, sabe, quase sinto a areia entre os dedos, só pra acordar percebendo que isso não é real, que ainda estou aqui e o tempo ainda age contra mim, que a vida não é como deveria ser.

Vocês nunca tiveram aquela sençasão de que está tudo errado, que o mundo não é como deveria ser, que alguém em algum momento cometeu um grande erro e mudou tudo, eu me sinto assim em quase todo o tempo...

No fim acho que sinto falta de sentir meu coração bater, se não por alguém, quem sabe por mim mesmo... desculpem a ausencia, perdoem os erros e o texto feito meio que de qualquer jeito, mas só estou aqui tirando as teias dentre os dedos. Boa Noite pors que passarem por aqui!


Postado por John Doe às 23:50 7 comentários



Quinta-feira, 3 de Janeiro de 2008
MUDANÇA


Primeira virada de ano deste humilde caderno e olha só, deixei-o num canto qualquer, logo este que acolheu minhas lagrimas, minha fúria, e quem sabe neste próximo ano algumas alegrias, pra mim é novidade ter algo meu assim por tanto tempo, por isso peço que perdoem certos desleixos copmo este, no fundo eu estava evitando ter que escrever sobre os assuntos que são de prache nesta época do ano, já que está não é uma das minha favoritas, longe disso, já que não posso simplesmente passar por cima dela e fingir que nunca existiu, ao menos pude amadurecer um pouco a idéia de falar sobre isso.


Detesto essa idéia de relembrar um ano inteiro de burradas e acertos, e prometer mais besteiras pra um próximo ano que provavelmente assim como nos outros anos você não vai cumprir, pra mim fica até dificil olhar para trás, já que este ano em particular foi um total fracasso, não que os demais tenham sido um sussesso, de forma alguma, mas ao menos não foram tão drásticos, acho que se eu fosse traduzir este ano em uma palavra, MUDANÇA seria a escolha perfeita, ainda não sei se pra melhor ou pior, aparentemente pra pior, mas indiferente do resultado o que marcou mais foi o fato de finalmente algo ter realmente mudado de forma drástica na minha vida, e se depender de mim, quem sabe mude até mais(isso fica pra outro post).

Em resumo, minha vida não é baseada em começos e fins, pelo contrario, como já disse antes ela mais parece um emaranhado de fios em forma de teia e o mais perto que posso aumejar de um final seria o centro de tudo isso, infelizmente ou felizmente, esses fios estão em constante mudança.

Virei o ano com minha familia, um pouco entediado, um pouco satisfeito, bastante revoltado comigo mesmo, agora é caminhar por minhas linhas pelo periodo de mais um ano e com um pouco de sorte, quem sabe, ter melhores momentos no caminho, durante esse caminho, vou apagando pedaços de mim mesmo me perguntando no instante seguinte, o que ali estava segundos atrás, lembrando e esquecendo partes de mim mesmo sem saber estar certo ou errado.

"A esperança brota eternamente no peito do homem. Ele nunca é, mas espera sempre ser feliz."

Alexander Pope


Postado por John Doe às 23:55 10 comentários



Sábado, 22 de Dezembro de 2007
Uma Vida Entre Dois Mundos.


Eu li certa vez, que HISTORIAS SAO TEIAS CONECTADAS FIO A FIO, é interessante ver como estes fios, como estas historias de mim e de você, parecem se conectar umas nas outras fazendo do mundo um lugar de vários personagens principais e uma infinidade de figurantes de nossas historias porém protagonistas de suas próprias. As vezes procuramos meios e mais meios de cruzar estas historias, de quem sabe alcançar uma próxima pagina, pensando em nossas vidas como livros, pagina por pagina, gosto de pensar que nossas vidas não são muito diferente de historias e como tal, são teias e que outra forma de dar seguimento a elas se não indo de encontro ao centro, só assim se chega ao fim para então começar uma nova historia.

Sabe, em minha historia tenho tido muitos dias ruins e temo ainda estar vivendo uma mesma historia sem fim, sem nunca ter se quer tentado chegar até o centro, no meio disso tudo acabei descobrindo que não sou tão bom nem tão mau, que no fim das contas também não sou tão forte quanto pensei, mas sempre posso ficar um pouco mais forte quando preciso, e que ser não é exatamente o que importa, se você pensa que é logo não só você mas as pessoas ao seu redor também crerão que você o é e quem sabe assim, um dia você será a pessoa que busca ser...

Essa semana voltei a ler e isso despertou uma vontade infinita de contar historia por isso vou lhes contar uma, não uma história qualquer, mas uma historia como se contava antigamente:

A historia de um garoto, um jovem, um homem, que por muito tempo viveu entre dois mundos, sem saber ou certo a qual deles pertencia. Em um mundo ele era um herói renegado, um dos poucos que ainda lutava por algo maior que ele mesmo, num mundo que mesmo cheio de vida e fantasia, teimava em morrer aos poucos e se tornar cada dia mais normal e severo, no outro era um menino como qualquer outro que portava um segredo único, e esse segredo o consumia, mas o mundo ainda não estava pronto para sabê-lo. No começo, nosso menino passava mais tempo em seu reino heróico onde com seus dons tentava de toda maneira fazer a diferença, ele ainda acreditava que poderia mudar o mundo, e no fundo tudo isso o divertia muito, mas com o tempo isso não era mais o suficiente e tão pouco divertido. na sua adolescência ele começou a viver uma vida dupla, de dia um jovem diferente, deslocado mas ainda assim misterioso, e a noite, um justiceiro procurando trazer a justiça a um mundo que não se preocupava mais com isso. Na vida adulta, o jovem outrora deslocado e diferente, se tornara um professor um tanto irreverente aos padrões escolares da época, a cada aula o universo parecia se expandir na mente de cada aluno, enquanto o outro mundo agora se perdia sem justiça, sem esperança, e sem vida, o herói que um dia lutou por uma causa justa havia desistido e aceitado que sua causa era apenas mais uma causa perdida e assim como todas as outras, não havia por que ser defendida. Alguns anos se passaram em ambos os mundos e por mais que o herói fosse imortal o senhor que agora já se aposentara não mais tinha forças para manter seu segredo a salvo, ele sabia que mais cedo ou mais tarde ele cederia a aqueles que buscavam tirar dele aquele segredo, e então o velho homem um homem que mesmo sendo muito velho se você olhasse para ele em seu terno fino, suas luvas e chapéu verde limão com um bigode ralo sobre os lábios você ficaria admirado, deixou mais uma vez um sorriso escorrer por seus lábios, um daqueles que mostrava desde moço enquanto sonhava acordado com um mundo de heróis e vilões, e decidiu o que faria, decidiu que pregaria sua ultima peça, e sendo assim se ajeitou na velha cama e de olhos fechados viu seus inimigos se aproximando com suas armas sedentos para portar o segredo, aquele que fora guardado entre dois mundos, e então ele ajeitou seu chapéu sobre o rosto deixando apenas os lábios pra fora e cantarolando uma musica misteriosa, ele adormeceu dentro de seu sonho para não mais acordar, levando consigo um mundo e o seu segredo aquele que só ele sabia, a musica continuou ressoando nos ouvidos de todos muito tempo depois da partida do velho, e ao ouvir todos riam por dentro mesmo sem saber o motivo, por um instante era como se soubessem o que o velho sabia, no outro pareciam ter esquecido, assim o velho pregava sua ultima peça em ambos os mundos...

Bom dia a todos, Uma ótima viajem ao nosso amigo Mike, e espero poder escrever todos os dias durante esse feriado...


Postado por John Doe às 00:33 11 comentários



Segunda-feira, 17 de Dezembro de 2007
Noites e Sonhos...


Estranho como as historias são feitas, traços retos e bifurcações um emaranhado de linhas que de perto mais parecem um labirinto a fazer perder a razão qualquer um que desavisado for entrando, quem faz parte dela não tem como saber onde vai chegar, mas quando se olha de fora, a beleza das historias, linhas tecidas por aranhas numa teia sem fim com pequenas gotas de orvalho reluzindo enquanto escorrem acumulando num ponto qualquer, assim são feitas as historias...

...Eu olhava pra luz do lado de fora, esperando, não sabia o que, mas aquela sensação de que devia esperar não parava, as horas escorriam como areia, já era tarde eu precisava ir dormir, decidi comigo mesmo que ficaria apenas mais alguns minutos, mais alguns minutos eu repetia em silencio enquanto meus olhos pesavam e minha cabeça pendia para os lados, recostei a cabeça quase que por reflexo e em pouco tempo já estava dormindo, a luz do lado de fora piscou algumas vezes, notei enquanto acordava lentamente um pouco incomodado com a posição na velha cadeira do computador, arrisquei abrir a porta um tanto decepcionado por ter dormido, ainda era noite, a lua parecia um tanto maior e mais branca no céu enquanto o céu mais negro e pesado, a rua estava vazia, a rede do vizinho balançava com o vento comecei a ter idéias de que talvez algo tivesse mudado, por uns segundo deixei a minha imaginação correr sem rumo, fechei os olhos recostado no pilar esquerdo da sacada, respirei fundo por um momento antes de voltar a realidade, deixei o ar encher meus pulmões, queria abrir os olhos em outro lugar, na minha mente eu estaria em ruas escuras em outro tempo, quem sabe uma Londres de alguns séculos atrás, a noite fria e a má iluminação provocavam um clima propicio a pessoas como eu, uma mulher com um olhar misterioso, por que sempre há uma mulher misteriosa em um sonho, para você ter certeza de que não é real, e assim eu abro os olhos, recobro os sentidos devagar, o vento frio vindo do sul ajuda a despertar, olho mais uma vez ao redor procurando não sei o que, e me volto para dentro, encosto a porta devagar observando a rua uma ultima vez, caminhei meio disperso até meu quarto onde deitei e dormi como se nunca tivesse levantado...

Naquela noite tive um sonho estranho, com aranhas tecendo teias e vozes cantando em línguas estranhas, tão antigas quanto as próprias historias, haviam ruas escuras e retas e bifurcações a todo instante, um emaranhado de becos que deixaria qualquer um fora de sua razão, por um instante pensei já ter visto aquilo em algum lugar, então sorri por um momento como que lembrando, e logo nem sabia mais por que ria, ajeitei meu chapéu, e caminhei pelas ruas estranhas e emaranhadas noite a dentro... sonho a dentro...


Postado por John Doe às 23:57 6 comentários



Domingo, 16 de Dezembro de 2007
Revolta


Por que as pessoas insistem em tentar ditar os caminhos que devo seguir, por que será que o ser humano em si não aprende a se limitar ao seu espaço sem invadir o espaço alheio, gosto de pensar que sou um cara razoável, de que mesmo quando tenho razão e as vezes até me assusto com a freqüência que isso acontece, eu me contenho e espero que o momento passe e quem sabe meu ódio se aplaque, o que raramente acontece, mas ao menos não revido, mas só existe uma coisa que não consigo conter, que por mais que eu espere o furor não se dissipa de forma alguma só uma coisa que só se resolve quando eu libero toda a indignação, de qualquer forma, não suporto que as pessoas tomem decisões por mim, ou me privem dos meus direitos, acho que só eu posso tomar as minhas decisões assim como somente eu vou arcar com as conseqüências.

Então por que se meter entre eu e as minhas decisões. hoje eu não indico a ninguém ficar no meu caminho, com certeza não é uma coisa muito boa a ser feita... pelo contrario, poderia gerar inconvenientes desnecessário, acreditem. Em dias como hoje só as minha paredes azuis saberiam como dispersar essa raiva contida de forma o menos destrutiva possível, quem sabe não seja a hora de tentar usar da idéia do bom Spider, ao menos para Fat Charlie pareceu oportuno, quem sabe um pouco de vinho, a companhia de algumas mulheres e boa musica não seriam a solução... argh...

Meus dedos tremem sob o teclado enquanto digito tudo isso minhas veias estão saltando sob a pele acreditem eu posso ver com meus próprios olhos o sangue correr por minhas veias, cada músculo do meu corpo parece retesado e pedir ardentemente por algum tipo de esforço, enquanto minha mente queria apenas vagar para longe de tudo num lugar escuro e silencioso sem o sol e o barulho das pessoas sem os gritos e vozes em meus ouvidos cantando coisas absurdas e sem sentido, queria poder voltar ao meu auto exílio cercado por paredes azuis, ao som de Miles Davis, estar de volta ao ambiente que conheço e me acalma pelo menos até um limite onde posso controlar novamente...

sinto o suor descer pelo meu rosto e isso me incomodar ainda mais, o sol me atrapalha continuamente entrando por uma janela que insistem em deixar aberta, enquanto eu só queria poder fechá-la por algumas horas.

Também não vou terminar este texto, preciso sair daqui, hoje até mesmo as palavras me fogem, e já não sei mais como comecei este post e nem como terminá-lo.


Postado por John Doe às 15:41 4 comentários



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